Até os anos 2002, já havíamos ouvido falar muito sobre os Monstros, pelo o que se ouvia falar, poucos de nós poderíamos cruzar com eles sem reconhece-los, esperávamos ver gigantes com caudas, chifres e orelhas cumpridas, nem sequer podiamos pensar o que eles gostavam de comer para além de gafanhotos, carne humana e folhas, ginguinga e ginguenga, embrigando-se com sangue, usando crânios como copos e taças em brindes pós saque, palitando-se com restos de ossos de recém nascido pisados no pilão, para livrarem-se das almas presas entre os dentes. Sobre eles, dizia-se tudo e mais alguma coisa, mas nem tudo era coisa com coisa.
#AFINAL_QUEM_SÃO_OS_MONSTROS???
#MOSTREM_NOS!
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Com tudo que ouvíamos falar, havia um grupo de hebreus que se refugiara nas matas, andando de mata em mata matando e incêndiando os vilarejos, sob-orientação de sua divindade; concentrados no centro sul; nas cidades, eram descritos como Monstros em todas as lendas de atrocidades, até ao ponto do nome do grupo transformar-se em um adjetivo desqualificativo, as crianças traquinas, choravam quando eram chamadas pelo nome dos Monstros; até hoje, ainda há quem use-o para insultar e desmotivar.
Quem diria que com o fim do conflito conhecer-se-ia, o fim do mito em vez do Monstro. De acordo com os memorandos e a acordos de Paz, com auxílio de camiões e aviões, espalharam-se pela terra prometida com cabeças inclinadas como inclinos.
Mas até hoje, as vezes ainda questionamo-nos!
AFINAL QUEM SÃO OS MONSTROS???
MOSTREM-NOS!
Depois de declarada a paz, assistimos a entrada massiva de pessoas que haviam se refugiado nas matas fugindo das cidades quase que paradoxalmente, pois fugiam das cidades para as matas por causa dos Monstros que se escondiam nas matas e assombravam com mais intensidade as cidades.
Numa tentativa infantil de responder a questão em epígrafe, dando razão à emoção, pensamos que neste regresso para as cidades, entre os refugiados, estavam os Monstros alienígenas, só que já haviam ganhado a forma humana, apesar do conflito entre o espírito e a carne, que ainda se dizia manifestar, revelavada em corpos que amanheciam estranhamente mortos nos bairros de refugiados, em que eles se destinavam, até aprenderem a controlar-se.
Astutos como uma Mulher adúltera ciente do apedrejamento sem o parceiro do crime numa sociedade machista, pela graça da semelhança física, esconderam-se no meio da multidão; cabisbaixos e com capuzes, negavam vezes sem contas o messia já sacrificado que serviam, e para provar o que diziam, alguns mudavam e outros fingiam.
Reintegrados na sociedade, alguns perdiam vagas de empregos e nomeações, por causa dos nomes como Mutumbula, Kandjacula e outros semelhantes associados ales, nas instituições escolares, camuflados ninguém dava nem um pio, muitos negavam a essência quando eram questionados devido aos sutaques sulanos, enfrentando o bowling como bacongos em Angola, apenas os citadinos assumiam orgulhosamente os seus deuses e nomes, pois haviam ganhado os conflitos armados contra os Monstros que assombravam as noites.
Muitos Monstros que haviam assumido a forma humana, haviam se apaixonado pelos humanos e humanas e vice versa, até casarem-se e fazerem família, o amor já havia superado o preconceito e o sutaque sulano já era indiferente.
Hoje, 19 Anos depois de 2002, temos assistido o contrário nas redes sociais, tem-se exibido filmes com personagens e roteiros completamente diferentes, o nível de podridão das cidades, tem vindo a revelar uma série de manifestações monstruosas, os Monstros estão tirando os capuzes e veus, orgulhosamente mostrando os rostos e vendo-se o oposto, citadinos estão envergonhados, pois nos seus íntimos admitem a culpa dos cheiros nauseabundos, mal conseguem responder aos insultos, muitos recusam-se a mobilizar a população em campanhas para mais votos de confiança, o pior de tudo, é que temos visto seres que vimos nascer e crescer nas cidades revelarem-se como Monstros.
Mas o que reitera a questão é o seguinte:
Alguns filhos dos citadinos, temem os pais e preferem juntar-se à aqueles que eles cresceram conhecendo como Monstros.
#AFINAL_QUEM_SÃO_OS_MONSTROS???
#MOSTREM_NOS!
Sejam vocês quais forem!
Se forem Monstros arrependei-vos.
Essa visão separatista, tribalista, regionalista, é em si só o matrimônio do jugo desigual, eis a razão dessa guerra silenciosa que dá voz as bandeiras da hipocrisia; pois enquanto não formos acima de tudo e todos, todos homens, cumprindo propósitos da vida temporária na terra angolana, perdermo-nos-emos nos conflitos que consomem a vida como uma praga que impede o crescimento dessa Nação, cujo os verdadeiro Monstros são aqueles egoístas que são contra o bem comum, e não olham para o desenvolvimento sustentável garantindo melhores condições de vida para as outras gerações de angolanos, como se não procriassem ou como se fossem eternos.
#AFINAL_QUAL_É_O_VERDADEIRO
#NOME_DOS_MONSTROS???
#MoxicArt_Projects
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